quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

vídeo resumo Queima do Judas



Queimar mais uma vez o Judas. Repetir sem repetir. Como os arcos do nosso Aqueduto. Parecem todos iguais mas em cada pedra que os sustém há uma história. Uma história que teimamos em relembrar, mesmo que tenhamos de nos socorrer da imaginação para a erguer. Das histórias se faz também a História. E dela a nossa identidade. queimar para não esquecer. de sonhar? É também sonho, mas é de acção o nosso fogo. agir pela Água, que em tempos correu pelo aqueduto, que neste tempo ameaça deixar de correr. Queimar a inércia e a insensatez. Incendiar pela Água e pela Arte. É de vida que se trata, afinal. E é a todos devida: QUEIMA DO JUDAS DE VILA DO CONDE 2018.


A Queima do Judas em Vila do Conde é um evento vivo no seio da comunidade e cada vez mais uma marca de identidade da cidade. 

A Nuvem Voadora associação cultural agradece a todos aqueles que apoiam, participam e acreditam neste projeto!

vídeo resumo Queima do Judas - IRAUGA




vídeo resumo Queima do Judas - EXLÂNDIA



quarta-feira, 4 de abril de 2018

Ardeu o Judas, libertou-se a Primavera!

Sábado 31 de Março 2018

22h30 - Início do espetáculo - Parque Urbano João Paulo II
00h00 - Leitura do Testamento e Queima do Judas

Fotografia: Margarida Ribeiro






















terça-feira, 3 de abril de 2018

Festa de encerramento da Queima do Judas 2018

01h00 - Festa de encerramento - Ohxalá (dj set) - Capital dos Petiscos, Praça José Régio

Fotografia: Margarida Ribeiro



Testamento do Judas 2018

Minha gente, eu sou a água,
Que vos deixo, Cidadéxes, na consciência
Mais humanidade e menos ciência.
Que escuteis mais os pensadores
E menos os coachers e os gestores.
Deixo-vos mais olhares e mais abraços,
Menos rios, menos cristas e menos passos

Minha gente, eu sou a água,
Que vos deixo, naturais da Irauga, alguma sensatez,
Que olheis por vós abaixo, por uma vez,
Deixai-vos de obediência e idolatria,
Vivei com alegria, sede gente mais vadia.
Há mais vida para além da Musa,
Dai bom uso, naturais, à vossa tusa.

Minha gente, eu sou a água,
Inodora, insípida e incolor.
A vós, povo, deixo bem-estar, nunca dor.
Sou fonte de vida e de muita especulação
Pois pouco falta para a minha privatização.
Pensais que é tanga minha, não é?
Ide saber o que anda a fazer a Nestlé.

Minha gente, eu sou a água,
Sou o negócio do futuro,
É que já nada neste mundo está puro,
Sejam batatas ou milho transgénico
Ou a carne carregada de arsénico.
Acordai povo, depende das vossas andanças
O futuro das vossas crianças.

Minha gente, eu sou a água
Que podia apagar os incêndios deste Verão,
Não houvesse tanto loby e corrupção
E maus sistemas e tantos cortes
Que resultaram em mais de 100 mortes.
Obrigada pelo carinho, presidente,
Mas nós queremos é uma política diferente.

Minha gente, eu sou água
Que a todos quer fazer feliz.
Sou das mais caras do país
Nesta espraiada terra do aqueduto
Onde outrora mandava um bruto
E agora reina a falsa e podre paz,
De alguém cujo nome não dirás.

Minha gente, eu sou a água
Que transportei caravelas e naus
(Havia aqueles que eram bons mas agora são maus.)
Mas enfim, nestas coisas é normal o ciúme,
É sempre aquela azáfama do costume,
Não são tragédias, não é nada de novo,
Os políticos são o espelho do seu povo.

Minha gente, eu sou a água,
Que banha as margens daquele concelho
Que finalmente se livrou do velho!
Ó, que valorosa gente sois, vileiros,
Rasgastes as cartinhas desses engenheiros.
A vós deixo coragem a cachos,
Mudaram as gentes mas continuam os tachos.

Minha gente, eu sou a água,
E vos deixo a todos um jornal onde
Só se fala de Vila do Conde
E do bom e belo que aqui acontece.
E que é dobrado na sede do PS.
E onde dantes se liam elogios,
Agora se lêem as vinganças dos compadrios.

Minha gente, eu sou a água,
E vos deixo um alerta hospitalar:
É que esta terra de rio e mar
Já não nem tem um hospital.
Assim quem estiver doente e mal
Ou há-de ir para o Hospital do Bonfim
Ou pior, para o da Póvoa de Varzim.

Minha gente, eu sou a água,
E vos digo para que saibais,
Que andam para aí uns que tais,
Que querem criar um conflito profundo
Entre a Queima do Judas e o Porto Para o Mundo.
Dizem que de um lado há um brasileiro com pasta
E do outro, há um caxineiro de rasta.

Minha gente, eu sou a água,
E vos deixo, comunidade,
Uma ideia de liberdade.
Um sonho onde todos têm lugar,
Onde cabe o vanguardista e o popular
Onde, juntos, nos rimos das vitórias e dos fails
E não sabemos da verdade pelos e-mails.

Minha gente, eu sou a água,
Que enche a Nuvem Voadora
De uma força redentora
Que anualmente nos presenteia
Com esta celebração plebeia
Da comunidade organizada
Em torno desta queimada.

Minha gente, eu sou a água,
E vos ordeno a todos sem excepção
Que tomeis alguém pela mão,
Queimem-se os Judas traiçoeiros,
(Não se preocupem, estão aqui os bombeiros!)
E dançai, soltai a vossa fera,
Acabou o Inverno. É o tempo da Primavera!

sexta-feira, 30 de março de 2018

Últimos ensaios da Queima do Judas 2018

Os ensaios gerais estão a decorrer de 26 a 30 de Março no Parque Urbano João Paulo II.


Fotografia: Margarida Ribeiro


Fotografia: Margarida Ribeiro


Fotografia: Margarida Ribeiro


Fotografia: Margarida Ribeiro


Fotografia: Margarida Ribeiro



Fotografia: Margarida Ribeiro